UNISUL NÃO CUMPRE LEGISLAÇÃO TRABALHISTA E CRIA UM CLIMA DE TERRORISMO ENTRE OS PROFESSORES


O Sindicato dos Professores no Estado de Santa Catarina – SINPROESC, legítimo
representante da categoria denuncia publicamente os atos de arbitrariedade que
predominam na UNISUL, cuja administração trata seus professores com descaso,
reduz unilateralmente a carga horária, assédio moral, parcela e não paga os salários
até o quinto dia útil, não cumpre seu regimento interno, demite sem critérios,
descumprimento do prazo para pagamento do 13º salário, férias e 1/3, inclusive,
ameaçando os professores de não pagamento, criando um clima de terrorismo em
franco desrespeito a lei e a Convenção Coletiva de Trabalho. É preciso valorizar o
professor fornecendo-lhes as ferramentas de trabalho, implantar o Plano de Cargos
e Salários, pagando-lhes salários dignos. Isto é respeitar a categoria. A UNISUL
tem chance de sair desta situação: acreditar no potencial dos seus professores que
querem uma educação inclusiva e de qualidade e estão empenhados na construção
de um mundo melhor. BASTA À ADMINISTRAÇÃO NÃO ATRAPALHAR
O Departamento Jurídico do SINPROESC está com a ação judicial pronta para
o bloqueio das contas da UNISUL e só não ajuizou ainda, devido a informação
repassada pela cúpula da instituição, que pretende efetuar o pagamento destas verbas
até o dia 20/12/2010.
Também, o Reitor da UNISUL solicita reunião URGENTE com o SINPROESC para
expor a real situação da Universidade.
Independente de qualquer reunião, se a UNISUL não pagar o 13º e férias até
dia 20/12, como também, continuar com o parcelamento e atraso dos salários, o
SINPROESC, tomará todas as providências judiciais cabíveis, todos elas permitidas
mesmo durante o recesso do judiciário.
Sabemos que o modelo neoliberal impõe as sociedades menos organizadas,
sacrifícios e condições subumanas, extinguindo os poucos avanços que a classe
trabalhadora tem conquistado.
Este é um fato, uma incongruência entre o Capitalismo como formação social e a
democracia.
Enquanto a democracia está impulsionada por uma lógica includente, incorporativa
e participativa, no mercado a base é da competição, ou seja, da sobrevivência dos
mais aptos. Assim a participação no consumo, diferente da participação na vida
democrática, longe de ser um direito é na realidade um privilégio.
Se na democracia a participação de um exige e potencializa a participação dos
demais, no mercado o consumo de um significa o não consumo de outro, o lucro do
capitalista é a insuficiência do salário. Logo no mercado para que alguém ganhe, o
outro tem que perder.
Dentro desta lógica antagônica de sociedade é necessário acreditar no poder de
transformação que deve ser dado à educação, através primeiramente da valorização
do professor e da formação profissional rumo à eficácia docente em todos os níveis de
ensino bem como em todas as instâncias pública e privada.

Prof. Carlos Magno da Silva Bernardo
Presidente